Sabemos da importância de ter a casa bem-preparada para receber um bichinho de estimação. Por isso, reunimos diversas orientações para se ter uma casa bem adaptada para os filhos de quatro patas – seja visando o conforto, a praticidade no dia a dia, o estilo do décor e, claro, a segurança.
Segundo Marina Salomão, reservar um espaço dedicado para a alimentação, descanso e necessidades dos animais de estimação é o primeiro passo ao pensar em uma casa adaptada. E vale até mesmo pensar em passagens, como aberturas nas portas, para favorecer o acesso do bichinho. “Ter lugares definidos facilita a rotina do pet. Se o local for a lavanderia, por exemplo, precisamos de um piso bom, que seja fácil de limpar”, opina.
A arquiteta Marina Carvalho complementa: “é preciso ter uma área específica para eles onde esteja a caminha, comida, água e brinquedos, tudo sempre no mesmo lugar. Não podemos esquecer da saúde mental dos cachorros, então passear é bastante importante, fazê-los gastar energia”, diz.
A arquiteta Marina Salomão, do Studio Mac, previu um cantinho especial para as necessidades dos pets. No apartamento do casal, para acompanhar o tapetinho da Mila e da Bisteca, um quadrinho e a adesivação com duas aclamadas frases da oração de São Francisco, protetor dos animais: “Onde houver ódio que eu leve o amor, onde houve tristeza, que eu leve a alegria” | Foto: Sidney Doll
Alguns cuidados com a segurança também são fundamentais: em casas com gatos, por exemplo, é imprescindível telar janelas e varandas. Piscinas e banheiras externas de hidromassagem igualmente merecem atenção e devem ser cercadas, impedindo o acesso dos pets sem a devida supervisão.
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“Em alguns casos, até mesmo as escadas podem ser um problema. Se os animais já possuem idade avançada, é preciso pensar em um projeto adaptado, que conte com uma rampa de madeira revestida de borracha”, opina Júlia Guadix. As rampas também podem ser usadas para ajudar no acesso à cama ou sofás. “Produtos de limpeza e medicamentos sempre devem estar guardados em locais fechados e fora do alcance dos peludos, e jardins devem sempre conter espécies não tóxicas para os animais”, ressalta.
Nesse projeto do Korman Arquitetos, a passagem entre a área de serviço para a cozinha foi adaptada para o pet | Foto: JP Image
Pisos corretos
Primordial para garantir proteção, saúde e atender a todas as necessidades do pet, um bom revestimento para casas com animais de estimação deve ser escolhido levando em conta questões como higiene, resistência e conforto para locomoção – um piso escorregadio pode agravar doenças de articulação, como a displasia. “Por isso, indicamos sempre os porcelanatos antiderrapantes, que asseguram uma locomoção segura e aderente para todos”, explica Christie Schulka, Marketing Manager da Incepa.
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Além do porcelanato, o piso vinílico, conforme escolhido pela arquiteta Júlia Guadix, é uma boa pedida para lares com pet, como o seu Bolotinha | Foto: Guilherme Pucci
Cuidado com as paredes
Não é só o piso que merece atenção – a arquiteta Marina Salomão afirma que as paredes também devem ser adaptadas, especialmente porque os pets têm como hábito esfregar os corpos nelas. Portanto, em locais com pinturas, o ideal dar preferência por tintas acrílicas laváveis, que facilitam a limpeza cotidiana. “Uma outra dica bacana é aplicar duas cores na parede, com a o tom inferior mais escuro para não ficar a marca das patinhas”, indica a profissional do Studio Mac.
Tecidos e mobiliários
Um tapete de tecido sintético e móveis com tramas fechadas foram as adaptações do projeto de Marina Carvalho | Foto: Evelyn Müller
Para a arquiteta Marina Carvalho, um dos pontos principais em uma casa pet friendly são os tecidos. “Como alguns sobem no sofá, o móvel pede por tecidos resistentes, como suede, ultrasuede ou couro”, diz.
A arquiteta Ieda Korman complementa: “os tapetes precisam ser bem escolhidos, de preferência com tecido sintético ou sisal, que resultam em uma manutenção descomplicada”, afirma. Para bichinhos que costumam arranhar o mobiliário, a dica é preferir sempre tramas fechadas e dispor mantas de couro nos braços do sofá. “E, para aqueles pets que soltam muito pelo, o ideal é fugir de tecidos escuros e que não evidenciem tanto a sujeira, afirma Marina Carvalho.
No tocante às cortinas, os profissionais advertem que materiais como linho ou voil podem desfiar com facilidade. “Pensando em praticidade, persianas rolo são as mais indicadas”, diz Júlia Guadix.
Para o sofá, tecidos impermeabilizados e de prática higienização são recomendados para os lares com pets | Projeto Korman Arquitetos | Foto: JP Image
Agora, quando o assunto é mobiliário, é essencial levar em conta que os animais podem correr pela casa e, sem querer, bater nas peças. “Aconselho sempre o uso de estantes fechadas e, para casas com gato, um cuidado maior com os itens que estão em prateleiras”, afirma a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Cantinho da diversão
Mascotinha do apartamento projetado pela arquiteta Marina Carvalho, a Kate ganhou uma casinha no nicho com futon executado no quarto da filha do casal de moradores | Foto: Evelyn Müller
Mais do que adaptada para animais de estimação, a casa de uma família com pet deve ser divertida! Por isso, os profissionais relembram a importância de criar cantinhos especiais para os animais, estimulando seus sentidos.
“Hoje o mercado pet está enorme! E, com isso, temos mais possibilidades para o décor da casa. É possível instalar marcenaria na lavanderia, no quarto ou sala. Conseguimos até criar a casinha do pet embutida em algum lugar”, afirma Cristiane Schiavoni.
Para casa com gatos, as prateleiras se revelam um verdadeiro parque de diversões. Da mesma forma, são indicadas rampas para subir e descer de camas e sofás, sem contar que os tapetes colaboram na movimentação mais segura.
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